domingo, 26 de agosto de 2012

Sessão 13 - Sozinha.

Eu estou tão sozinha, tão sozinha, tão sozinha. Era pra ele estar aqui. Eu estou tão sozinha, tão sozinha, por que ele se foi? Eu estou tão sozinha, eu só queria tê-lo como companhia. Eu estou tão sozinha que dói. Eu estou tão, tão só... Sozinha! Acho que a minha confiança veio para ser quebrada. Ele se foi e eu me sinto só de novo... Eu estou sozinha, desde sempre assim, pra sempre assim, esperando que ele fique, mas ele nunca fica. Eu não quero ficar sozinha, porque eu tenho medo de mim... Não era pra ele ter me deixado aqui, assim, descoberta. Sentindo gosto de água salgada na boca e vendo água vermelha se esvair. De mim.

domingo, 19 de agosto de 2012

Sessão 12 - Cartas.

Eu adoro cartas! Algumas pessoas acham que é meio brega ou um hábito romântico demais, mas eu adoro cartas. A forma como é possível perceber o peso da mão sobre o papel, o capricho - ou falta dele - na hora de fazer a caligrafia, o cuidado na hora de escolher as palavras, aquele errinho meio riscado pela caneta. Cartas me encantam, são singelas, são trabalhosas e eu, boba como sou, tenho a teoria de que passam a ser uma extensão do seu corpo de tanto que há de você naquele pedaço de papel. São as suas palavras, a sua letra, o seu cheiro, a sua força, a tinta da sua caneta, o seu papel, o que você sente e armazena dentro do peito dado a outro alguém. Tenho essa paixão por cartas. Talvez pela minha paixão por palavras... Talvez pela paixão em dividir minhas palavras... Ou, talvez, apenas por cartas provocarem sorrisos. 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Sessão 11 - Onde é que o amor começa?

Onde é que o amor começa? Essa pergunta sempre me inquietou e ultimamente vem que inquietando ainda mais. Em que momento aquela pessoa passa a ser alguém que você ama? Qual é o doce - ou nem tão doce assim - momento em que passamos a amar? Porque o amor parece que se esgueira pela sua alma, não é? Vai comendo pelas beiradas e chega um dia em que você simplesmente percebe que ama alguém. Mas mesmo assim, mesmo se esgueirando, tem um momento em que ele passa a ser concreto, por mais abstrato que seja. Quisera eu sabê-lo... Será o amor uma epifania? Daquelas mais pesadas e mais sagazes? Quando é que o amor começa? Quando? Quando? Quando? Talvez seja uma daquelas informações que foram proibidas aos homens. Enfim... Queria saber quando o amor começa e mais ainda quando ele acaba... Em que lugar? Em que lugar ele resolveu começar ou acabar? Era só isso mesmo. Eu queria saber onde o amor começa e não quando eu resolvo me dar conta dele.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sessão 10 - Agosto.

Quando eu era pequena, eu tinha esse probleminha sempre que chegava a o mês de agosto, a minha letra ficava pequenininha, do tamanho de uma formiguinha. A psicóloga disse que era por causa da ausência do meu pai. Depois que minha mãe conversou comigo e explicou que meu pai me amava mesmo longe, eu comecei a escrever normalmente quando chegava em agosto. Mas nunca fiquei bem quando agosto apontava. É como se o mês de agosto apenas servisse pra me lembrar as ausências dele e não as presenças.   É por isso que eu fico hiper sensível no mês de agosto, eu lido muito bem com qualquer coisa, mas com saudade... Eu nunca fui boa com isso. É por isso que eu não me dou bem com esse mês. Agosto é sinônimo de saudade. E saudade... Saudade me deixa sem ar.