Quando
eu escolhi fazer um curso de licenciatura (e sim, eu escolhi fazer um curso de
licenciatura, não foi a minha última opção), o comentário mais gentil que eu
recebi foi grosseiro o suficiente para eu não querer nem lembrar. As pessoas me
olhavam com aquele olhar de pena que normalmente é dado a pacientes terminais.
Era incrível como todo mundo achava que ou eu seria pobre, ou infeliz, ou
frustrada, ou não confiante o suficiente para tentar um “curso de verdade”,
aquilo me magoava, eu não deixava transparecer, mas me magoava. Eu escolhi
fazer um curso de licenciatura porque quando eu imagino o meu futuro, eu me
vejo em uma sala de aula... E eu estou sorrindo. Provavelmente eu escolhi
licenciatura porque nunca admirei nenhuma profissão tanto quanto admirei a do
professor. Algumas
pessoas admiravam astronautas, advogados, médicos, atrizes, cantores... Eu
admirava professores. E é isso que eu quero ser, alguém que eu admiro, alguém
que fará por alguém, aquilo que os meus professores fizeram por mim: Me ensinaram, acima de qualquer coisa, a ser uma pessoa melhor. E depois de
tantos “Letras? Sério? Vai ser professora? Boa Sorte!”, eu posso responder que
sim, muito mais feliz do que aquele estudante de direito ou engenharia frustrado porque faz o
que dá dinheiro e não o que ama. Porque todo o mundo tem o hábito de achar que o
Colégio é um inferno na Terra e outros exageros, mas, para mim, uma sala de aula, com toda a loucura, gritaria e loucura, é o lugar onde eu
encontro paz.
Você vai tão longe sabia? Espero que meus filhos tenham o prazer de serem seus alunos.
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